domingo, 7 de março de 2010

Rendimento feminino recua para 74,3% do masculino na Região Metropolitana em 2009

Proporção de mulheres na PEA caiu de 51,4% em 2008 para 50,7% em 2009.

A proporção do rendimento feminino em relação ao masculino, que havia crescido nos dois anos anteriores, recuou, e as mulheres auferiram, em 2009, rendimentos médios que correspondiam a 74,3% do rendimento masculino, enquanto, em 2008, essa proporção foi de 76,0%.

Os dados foram revelados no estudo "A inserção da mulher no mercado de trabalho da Região Metropolitana de Porto Alegre", divulgado nesta quinta-feira pela Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE), pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Assistência Social (Fgtas) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Ainda de acordo com a pesquisa, o crescimento do rendimento médio real do trabalho em 2009 foi mais intenso para os homens (4,3%) do que para as mulheres (2%). O rendimento médio real masculino elevou-se para R$ 1.392, enquanto o das mulheres foi para R$ 1.034.

A proporção de mulheres na população economicamente ativa (PEA) caiu de 51,4% em 2008 para 50,7% em 2009. Segundo a socióloga da Fgtas, Irene Galeazzi, esse número indica uma pequena oscilação de um ano para outro, mas não deve ser considerado uma tendência.

— Um dos fatores que podem ser apontados para essa diferença é que, com a melhora no rendimento médio, alguns membros da família, como os mais jovens, que ainda estão estudando, deixam de procurar trabalho em virtude do aumento no ganho do chefe do núcleo familiar.

A taxa de desemprego total apresentou relativa estabilidade em 2009, passando de 11,2% da PEA em 2008 aos atuais 11,1%. A taxa das mulheres apresentou queda de 2,9%, ao passar de 13,9% da PEA feminina em 2008 para os atuais 13,5%, enquanto a masculina teve um aumento de 3,4%, passando de 8,8% para 9,1% da PEA masculina em 2009.

O contingente de desempregados chegou a 126 mil mulheres e 98 mil homens no ano passado. No entanto, a proporção de mulheres entre os desempregados caiu de 58,1% para 56,1%, depois de ter aumentado nos últimos dois anos.

Para o contingente feminino, apenas no setor de serviços houve aumento de vagas. O segmento agregou mais de 22 mil mulheres em 2009. No caso da indústria, o contingente de mulheres empregadas teve redução de 8 mil trabalhadoras. No setor público, o aumento do contingente ocupado contemplou exclusivamente as mulheres (5 mil novas trabalhadoras), uma vez que o contingente masculino empregado ficou estável.

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