sexta-feira, 23 de abril de 2010

Estudantes realizam manifesto silencioso na UFRGS

Alunos protestam contra a proposta de impedir os agradecimentos individuais nas formaturas

Estudantes de vários cursos realizaram uma manifestação silenciosa no saguão da reitoria, pouco antes da reunião do Conselho Universitário na manhã desta sexta-feira. Conforme o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRGS, Renan Pretto, eles protestam contra a ideia de impedir os agradecimentos individuais dos alunos nas formaturas:

— Querem nos calar. É exatamente por isso que estamos fazendo um ato em silêncio. Não queremos mais do que 30 segundos para agradecer aos nossos familiares. Tem gente que viaja 600 quilômetros para ver o filho que está há anos longe de casa.

Segundo Renan, a proposta do DCE é dar tempo total para cada formando de dois minutos, do momento em que o nome é anunciado até o recebimento do diploma e o discurso individual. Ele também reclama da falta de retorno da reitoria.

— Ninguém nos fala nada. Faz um mês que enviamos uma série propostas para a reitoria, mas não estamos tendo retorno. Ficamos sabendo que haverá uma definição pela mídia.

Um abaixo-assinado na internet, lançado para colher adesões à ideia de que a manifestação do formando na cerimônia é sagrada, já conta com um bom número de adesões.

— Estamos com que 2,4 mil assinaturas. Isso significa cerca de 10% dos estudantes da UFRGS — comenta o diretor de relações institucionais do DCE e membro do Conselho Universitário, Marcel Van Hattem.

Outra discussão é sobre o Salão de Atos, que deve entrar em reforma no final do ano, justamente quando começam o período de formaturas de 2010/2.

— O local é usado para atividades externas durante o ano e quando chega o final do ano é a nossa vez. Por que não usam esse tempo que não tem programação interna para a reforma? - questiona Pretto.

A universidade está reavaliando e promete regras definitivas até 15 de maio.

ZEROHORA.COM

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Passagens aéreas têm menor valor desde 2002

Valor pago pelo quilômetro voado é 26,6% inferior ao de fevereiro de 2009
Os preços das passagens de avião no Brasil são os mais baixos desde janeiro de 2002, quando os dados começaram a ser computados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A tendência de queda prossegue mesmo com o crescimento da demanda pelo transporte aéreo doméstico, que foi de quase 43% em fevereiro deste ano em relação ao mesmo mês de 2009.

Em fevereiro, os passageiros pagaram R$ 0,37 por quilômetro voado, valor 26,6% menor do que o do mesmo mês do ano passado e 10,7% inferior ao de janeiro deste ano. Os dados são do relatório Yield Tarifa, consolidado pela Anac a partir dos preços praticados pelas companhias aéreas em 67 ligações aéreas entre capitais e cidades importantes do Brasil.

Para permitir a comparação, os valores são atualizados pela inflação (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-IPCA, do IBGE) e consideram somente as vendas no varejo, excluindo tarifas corporativas, de fretamento e gratuidades. A tarifa média desses voos foi de R$ 253,71, o que representa queda de 28,4% ante fevereiro de 2009 e de 16,8% sobre janeiro deste ano.
ZERO HORA COM INFORMAÇÕES DA ANAC

Entenda o que é o novo marco civil da internet brasileira

Nos próximos 45 dias, qualquer cidadão pode opinar sobre o conteúdo do projeto no site Cultura Digital
Se tudo hoje é colaborativo, por que um projeto de lei que definirá as linhas gerais para todas as decisões judiciais sobre a internet deveria ser diferente? Na quinta-feira, o Ministério da Justiça apresentou a minuta do Marco Civil da internet brasileira, um anteprojeto de lei com 34 artigos que estabelece direitos e deveres de cidadãos, empresas e governo em relação às suas ações online. Nos próximos 45 dias, qualquer cidadão pode se cadastrar no site Cultura Digital e opinar sobre o conteúdo do projeto — é possível dar sugestões sobre cada parágrafo e até sugerir uma redação diferente para os artigos.

O Marco Civil não trata de crimes — ou seja, não há mudança com relação a fraudes virtuais ou pirataria. Ele estabelece quais são os direitos fundamentais dos internautas do país e define como princípios básicos a liberdade de expressão e o direito à privacidade e aos dados pessoais.

Você concorda com as propostas do marco civil da internet brasileira? Participe!

— Com a lei, as decisões judiciais não poderão ignorar esses princípios. O Marco Civil é um balizador — explica o gestor do projeto no Ministério da Justiça, Paulo Rená.

Segundo o advogado especializado em direito eletrônico Renato Opice Blum, mais de 200 projetos de lei referentes à internet tramitam no Congresso Nacional. A diferença é que o Marco Civil vem sendo melhor debatido pela sociedade — nos últimos 45 dias, foram 822 sugestões na página da consulta pública, que teve formato incomum por ter sido aberta sem um anteprojeto pronto.

— O projeto será um pontapé inicial para a criação de leis mais específicas — diz Blum.

A principal mudança prática é a forma como o internauta pode pedir a correção ou retirada de conteúdos ofensivos online. No marco legal, os provedores — sites ou serviços como o You Tube — têm a tarefa de fazer o meio campo entre quem reclamou e quem postou o conteúdo. Depois de encerrada a última parte da consulta, no site http://culturadigital.br/marcocivil/debate, Rená espera que o ministério envie o projeto à Câmara até o fim de junho, para ser aprovado ainda este ano.
ZERO HORA

Inflação oficial desacelera em março, mas alimentos sobem 1,55%

IPCA acumula alta de 2,06% em 2010
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou para 0,52% em março, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro, a inflação pelo IPCA havia sido de 0,78%. O índice acumula alta de 2,06% no ano e de 5,17% em 12 meses.

Os preços dos alimentos continuaram subindo e resultaram em 3,69% no primeiro trimestre do ano. Com a taxa de 1,55% em março, bem acima dos 0,96% de fevereiro, o grupo alimentação e bebidas foi responsável por 67% do resultado.

O tomate, cuja produção vem sendo prejudicada pelo calor e chuvas fortes, ficou 42,95% mais caro e liderou as principais contribuições para o aumento de preços.

Dentre os índices regionais, a região metropolitana Porto Alegre ficou com a terceira maior taxa, 0,80%, atrás de Belo Horizonte (0,81%) e Rio de Janeiro (0,80%).

Os preços foram coletados no período de 26 de fevereiro a 29 de março de 2010.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos.Ele é o índice oficial utilizado pelo Banco Central para cumprir o regime de metas de inflação, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta de inflação para 2010 foi estabelecido em 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que apura a inflação para famílias com rendimento mensal de 1 a 6 salários mínimos, acelerou para 0,71% em março. Em fevereiro, o INPC havia sido de 0,70%.
ZH DINHEIRO