domingo, 19 de julho de 2009


Economia 18/07/2009 03h14min
Nestlé ganha força no RS com fábrica em Carazinho


Com arrendamento de fábrica da Parmalat na cidade, indústria aumenta capacidade de produção
Alexandre de Santi alexandre.santi@zerohora.com.br
Ao arrendar a unidade da Parmalat em Carazinho por 35 anos, a Nestlé se consolida como uma das três grandes forças da indústria leiteira no Rio Grande do Sul e ameaçando concorrentes como Bom Gosto e Brasil Foods – a antiga Elegê, hoje em posse da empresa resultante da fusão de Perdigão e Sadia–, as duas líderes de mercado. O negócio aumenta em 160% a capacidade instalada da Nestlé no Rio Grande do Sul, que chegou ao Estado em 2008 com a inauguração da unidade de Palmeira das Missões, fábrica com potencial de processar ­1 milhão de litros de leite por dia. Embora o arrendamento não seja definitivo, a Nestlé tem a opção de compra da unidade, e a Parmalat, em comunicado, deixou clara a intenção de focar as operações no Sudeste, onde está 80% do seu público consumidor. “Esta concentração permite que a empresa estabeleça uma logística mais racional, com uma substancial redução no custo do frete no transporte de leite e seus derivados”, diz a nota da empresa, que passa por recuperação judicial. O negócio inclui seis postos de recepção e resfriamento de leite instalados nas cidades gaúchas de Giruá, Augusto Pestana, Casca, Boa Vista do Buricá e São Paulo das Missões, além da catarinense Xanxerê. As duas empresas também estão negociando que a Nestlé forneça leite para a Parmalat por um período estabelecido. – A Parmalat vinha operando com alto nível de ociosidade. Estávamos muito concentrados em Carazinho. Mais de 50% dessa produção de leite não se destinava ao mercado gaúcho, o que implicava alto custo de frete – diz Marcus Elias, presidente do Conselho de Administração da Laep, holding controladora da Parmalat Brasil. Empresa não confirmou expansão prevista em 2008 Para o presidente da Associação Gaúcha de Laticinistas (AGL), Ernesto Krug, o principal efeito do negócio é a concentração do processamento de leite nas três principais empresas que atuam em solo gaúcho. A Parmalat, porém, mantém uma unidade de captação em Estrela. – Vai desaparecer um concorrente – avaliou Krug. Com mais unidades de captação, a Nestlé terá maior poder para escolher onde deseja comprar matéria-prima, equalizando efeitos sazonais e de clima que influenciam o preço do produto pago ao produtor.
fonte:zero hora

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