segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Vagas de sobra

Com menos procura por parte de interessados, oferta de postos de trabalho cresce no início do ano– Quem realmente quer se empregar, nessa época consegue – garante a consultora de recursos humanos Maura Landgraf Rizzato, da Mrizzato RH.

Especialistas afirmam que os meses de janeiro e fevereiro costumam formar a melhor equação para quem busca colocar-se no mercado de trabalho: alta na oferta e baixa na procura. Por isso, quem está empenhado em alavancar a carreira em 2011 não deve perder tempo.

Justamente no período em que as empresas costumam planejar-se para o ano e renovar suas equipes, muitos profissionais preferem postergar a busca por uma vaga para o pós-Carnaval (que este ano será no início de março). Segundo Tatiane Scotta, da conect RH, o mês de dezembro e os primeiros dias de janeiro registraram recorde em abertura de vagas na agência.

– Em dezembro, tivemos um candidato que recusou uma oportunidade com salário de R$ 6 mil mais benefícios em uma conceituada empresa, pois iria tirar férias com a esposa. Ficamos abismados – conta.

Agências de recrutamento consultadas pelo Empregos & Oportunidades apontam uma elevação de 20% na oferta de vagas, em média. Os cargos mais requisitados nos dois primeiros meses do ano são os de vendas, TI, técnicos, administrativos e de construção civil.

– Temos vagas sobrando para engenheiro civil, por exemplo, com salário ótimo – destaca Seloí Hansel, da agência Quality Corp.

De acordo com a assessoria de imprensa da Fundação Gaúcha de Trabalho e Ação Social/Sine, a demanda das empresas superou o índice registrado no mesmo período de 2009, e a previsão é de que siga em crescimento também no próximo mês. Karen Mascarenhas, consultora da DBM Brasil, empresa especializada em transição de carreira, alerta que muitas vagas não são preenchidas por falta de procura.

– A maioria das pessoas pensa que janeiro e fevereiro são meses em que não vale a pena. Se você passa a colocar energia na busca de trabalho, então é bastante possível que quem se movimentar nesse período consiga uma colocação – afirma.

Percebendo que a disputa seria menos acirrada no período de veraneio, Jeferson Souza, 22 anos, correu para uma das agências do Sine no centro da Capital em busca da oportunidade ideal. Ele está fora do mercado há três meses:

– Eu gosto muito de trabalhar como garçom, além de ter experiência na área, mas qualquer trabalho em que eu possa lidar com o público me agrada.


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